quinta-feira, 26 de maio de 2011

Movimento dos Sem Calçada

Deu na coluna de Ancelmo Gois do jornal O Globo de hoje (26/05/2011):


"DERIVAÇÃO DO Movimento dos Sem Calçada, o Movimento dos Sem Garagem — a turma que tem o portão bloqueado por motoristas desleixados — ganhou um líder em São Cristóvão, nas proximidades do Estádio de São Januário. O dono desta casa pintou uma mensagem bem eloquente (veja na foto) para tentar salvar seu portão dos bandalhas em dias de jogos. Tomara que dê certo, coitado"

Pra você ver a que ponto é preciso chegar, parceiro. Ver a porta da sua casa obstruída por causa da folga alheia é complicado. Um pouco de educação e bom senso não faz mal a ninguém...

E segue a nossa campanha:


Ajude a divulgar!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Macca no Rio, um show de educação e bom exemplo!

Sir McCartney! (Fotos: G1)

Ontem fui ao show do Paul McCartney e o que pude observar foi que cariocas e visitantes souberam como nunca aproveitar o espetáculo sem deixar de lado os bons hábitos de convivência.

Todo mundo fez sua parte. O esquema operacional montado para o show funcionou muito bem. E não é que o trem integrado ao metrô deu certo? Bastante informação para quem precisou de orientação, tanto nos transportes públicos quanto no Engenhão. Segurança, organização, bloqueio e transporte público funcionando: foi um bom treino para os Jogos Olímpicos Rio 2016.

As 45 mil pessoas que estiveram presentes respeitaram o esquema de trânsito. Próximo ao estádio, apenas quatro carros foram levados pelo reboque. Não teve confusão, todos no maior clima de paz...

Nem tudo é um mar de rosas e tivemos problemas dignos de vergonha alheia. Taxistas cobrando R$ 50 por passageiro para uma viagem até a Barra da Tijuca. Se você está com 4 amigos, imagine, a corrida vai custar a "bagatela" de - pasmem! - R$ 200!! Absurdo ainda termos que nos deparar com este tipo de situação abusiva e desrespeitosa.

Fora isso, digo que foi nota dez. Sir Paul deu um show à parte e a galera foi ao delírio (diga-se de passagem, a plateia também foi show, especialmente durante a canção "Hey Jude"). Não é de emocionar?

Na na na na na na na, Hey Jude...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

E se fosse na sua vaga?

"Esta vaga não é sua nem por um minuto", é o que mostra o excelente vídeo que encontrei no blog do jornalista Flávio Gomes com uma metáfora bem interessante sobre a famosa desculpa de estacionar em lugar proibido - na vaga reservada para deficientes físicos. O vídeo, produzido pela agência The Getz, de Curitiba, mostra a reação das pessoas ao se depararem com uma cadeira de rodas no lugar onde elas iriam estacionar.

Dá uma olhada aí, parceiro.





terça-feira, 17 de maio de 2011

Que tipo de cidadão somos nós?

Dez em cada dez pessoas percebem facilmente uma atitude errada, mas nem todos agem para corrigi-la. Pensando nisso, o movimento "A Voz do Cidadão" lançou, no início deste mês, o Cidadômetro, projeto que tem como objetivo mensurar o grau de atuação de cidadania da sociedade.

Através de uma urna eletrônica instalada no posto 10 da praia de Ipanema, o movimento convidou as pessoas a participarem das enquetes que mediram o grau de atuação de cidadania a partir dos seus três níveis: cidadão solidário, cidadão consciente ou cidadão atuante. Por exemplo, uma pessoa vê um carro estacionado em cima da calçada, atrapalhando a passagem dos pedestres. Veja como agiria os diferentes "tipos" de cidadão de acordo com os padrões da pesquisa:

Solidário: aquele que passa, vê, reclama para si mesmo e vai embora;

Consciente: avisa o primeiro agente de trânsito que encontra;

Atuante: se mobiliza, conversa com vizinhos, amigos e parentes e tenta convencer o máximo possível de pessoas de que aquela atitude é errada.

Resultados da pesquisa apontam que apenas um em cada quatro brasileiros está realmente mobilizado para cumprir os deveres e exigir os direitos.

Achei essa iniciativa bem legal para estimular a consciência e a atuação dos cariocas como cidadãos. Clique aqui e conheça mais sobre o projeto.

Assista o vídeo sobre o "Cidadômetro" exibido ontem no programa "Balanço Geral", da Rede Record:


segunda-feira, 16 de maio de 2011

O teste da faixa de pedestres: vergonha nacional!

O Fantástico deste domingo mostrou flagrantes impressionantes da guerra no trânsito. O programa da Rede Globo fez o teste da faixa para descobrir quem respeita e quem passa a toda velocidade.

O Código de Trânsito diz que o pedestre tem sempre a preferência quando estiver atravessando a rua. No semáforo, ele deve esperar até que o sinal feche para os carros. Onde existe apenas a faixa, o motorista é obrigado a parar. 

A tensão é total nas ruas do Rio de Janeiro. Florianópolis e Brasília estão entre as poucas exceções. Nessas cidades, o respeito é maior. Uma campanha lançada em 1997 no Distrito Federal reduziu em 30% as mortes no trânsito.

Poxa, parceiro. Já está mais do que na hora de mudar este quadro de imprudência e desrespeito no trânsito. É a velha história: se você é motorista, se acha dono da razão. Se é pedestre, também. Precisamos ser menos egoístas, contribuindo para uma cidade mais tranquila, segura e boa de se viver.

Vejam o vídeo:


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Lugar de carro não é na calçada

O domingo começou cedo pra mim por um motivo muito especial: Tinha que comprar o presente para o Dia das Mães. Afinal de contas, sou brasileiro, não desisto nunca, e sempre deixo as coisas pra última hora. Não tinha como não me atrasar. Na pressa de chegar na casa de minha doce e amada mãezinha, cometi um pequeno e imperceptível delito, que nunca dei a menor importância. Estacionei o carro em cima da calçada e ele foi rebocado sem dó nem piedade.
Foto: O Globo
Nós somos ótimos para reclamar dos outros, mas damos uma de João Sem Braço na hora de cumprir a Lei. Reclamamos que a cidade está imunda, mas jogamos lixo nas ruas como se fosse a latrina de casa. Todo mundo chia quando a rua alaga, mas ninguém para pra pensar que os bueiros também entopem por culpa dos porcalhões. Estacionar em cima da calçada não afoga ninguém, mas atrapalha a vida de muita gente. Quando fiz isso, não pensei nas mães com carrinhos de bebês, idosos, portadores de deficiência física, enfim, qualquer pedestre que é obrigado a arriscar a própria vida dividindo o espaço da rua com carros, caminhões e motos. Fora que um veículo de passeio, que pesa em média 1.200 quilos, destrói qualquer calçada que não é projetada para receber tanto peso.
Depois de refletir sobre meus maus hábitos, comecei a pensar na via-crucis para recuperar meu carro. Qual foi minha surpresa quando vi que era mais fácil do que imaginava? Vi pela internet que não tinha multa em meu nome no Detran, então fui até o depósito onde meu carro foi levado e pedi o guia de recolhimento do veículo. Depois de pagar o DARM, Documento de Arrecadação Municipal, em uma agência bancária, fui retirar o veículo. Mais simples do que eu pensava, o que me ajudou a pensar na gravidade do meu ato, coisa que eu nunca tinha dado muita bola.
E eu que achava ruim ficar sem meu veículo, vi como pode ser pior atrapalhar a vida dos outros. Por essas e outras é que te digo: Lugar de carro não é na calçada.  

terça-feira, 10 de maio de 2011

Lixo nas ruas, brasileiros e americanos

Assisti ontem no programa CQC, da Band, um quadro muito interessante chamado "Identidade Nacional", que abordou a diferença entre jogar lixo nas ruas de Nova York e de São Paulo e a reação de cada um.  É curioso ver a demonstração de cidadania do americano e a indiferença do brasileiro com a falta de educação dos outros. Vejam o vídeo:

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mudança de hábitos

Dia desses lendo o jornal, vi que a agência Casa 7 está fazendo uma pesquisa de opinião para descobrir quem é o carioca de verdade. A forma escolhida pela equipe para realizar essa ronda no universo carioca, ou melhor, o veículo escolhido foi uma kombi 1972 que vai rodar a cidade desenvolvendo estudos in loco, ou seja, na prática mesmo. A tal kombi inspirada, veja só, no filme Miss Sunshine (aquela amarela). A quebra de alguns paradigmas surpreende. Um deles é como o orgulho de ser carioca pode ser distorcido. Quem mora aqui acredita ser acima do bem e do mal, principalmente nos maus hábitos. A pesquisadora da agência, Adriana Hack, falou que o excesso de autoestima causa um grande problema para a própria cidade. “O carioca se acha, viaja tanto nele mesmo que não reage, não se move, não faz nada pela cidade. A malandragem, o jeitinho carioca derruba a gente mesmo”. É um soco na boca do estômago, parceiro.

Coluna "Gente Boa" de Joaquim Ferreira dos Santos (O GLOBO), do dia 15/04

Outra pesquisadora da Casa 7, Madu Sisternes, acha que a responsabilidade de sediar eventos importantes como a Copa do Mundo e a Olimpíada, jogam o nome do país e da cidade lá para cima. Isso pode mudar alguns hábitos, como a lei do mais esperto, e pesar na consciência coletiva, já que o mundo todo vai ficar de olho no Rio. “Sabe essa coisa de não furar fila, não entrar de penetra na festa? É isso! O carioca já está ficando mais exigente na relação consumidor, exigindo mais respeito e agilidade nos serviços”.

Reclamar é típico do carioca, sem isso perdemos nossa identidade. Outro dia o Ruy Castro disse no rádio que muitos prédios históricos federais se degradaram durante décadas por implicância de Brasília só porque o Rio era foco de resistência contra a ditadura militar. Hoje os tempos são outros, não dá mais pra vestir a carapuça da rebeldia e dar mau exemplo. Só protestar não vale, tem que participar. Pense aí quantas coisas erradas você faz usando uma desculpa esfarrapada? “É só hoje, não vai atrapalhar ninguém”. Vamos ver se na Copa e na Olimpíada mudamos nossos hábitos pra valer e não só pra inglês ver. Uma cidade maravilhosa por natureza, com um povo tão carismático e consciente de seu potencial, tem que parar de pensar no próprio umbigo.